sábado, 30 de julho de 2022

GANHE DINHEIRO ASSISTINDO VIDEOS


Olá Amigos, como pesquisador e mestre, gostaria de fazer a indicação de um aplicativo para que pessoas necessitadas possam ter uma renda extra: O Honeygain.

O Honeygain é um aplicativo que paga em dólares para você assistir vídeos. De cara você recebe 5 dólares só para instalar o aplicativo. 

O objetivo dele é fazer com que o seu celular trabalhe como torre de observação e ajude empresas mundialmente famosas a acessar a web sem ter que se preocupar com restrições baseadas em localização ou censura.

Não tem no Play Store. Não é vírus. Precisa ter uma conta no PayPal. Saques a partir de USD 20.

Se quiser saber mais clique no link abaixo:

https://r.honeygain.me/RONYSC1F52

sábado, 20 de fevereiro de 2016

SEJA COMO UMA MONTANHA

As 7 maiores montanhas do mundo são:
1 - Everest, com 8.850 m, no Nepal;
2 - K2, com 8.611 m, no Paquistão;
3 - Kanchenjunga, com 8.598 m, no Nepal;
4 - Lhotse, com 8.501 m, no Nepal;
5 - Makalu, com 8.463 m, no Nepal;
6 - Lhotse Shar, com 8.383 m, Nepal;
7 - Cho Oyu, com 8.201 m, Nepal;
Segundo cientistas, o motivo pelos quais existem montanhas tão altas é por causa da descontinuidade de crosta terrestre. A crosta é toda recortada em placas tectônicas que estão em constante movimento. Quando duas placas se chocam ocorrem terremotos, vulcões e enfim, a formação de montanhas. Sempre que se encontram, vindas de sentidos opostos, a placa mais “leve”, afunda sob a mais densa, fazendo com que esta se dobre ocasionando a formação de montanhas, que pode levar milhões de anos. O Himalaia, por exemplo, surgiu dessa forma, no encontro da placa indiana, que era unida à África, com a placa euro-asiática. Considerando que essas placas continuam se movimentando, o Himalaia prossegue se erguendo à razão de 8 a 10 mm por ano. Se o processo não for interrompido, daqui a 15.200 anos o Everest terá aproximadamente 9.000 m.
No Brasil não existem montanhas tão altas, pelo fato do país estar situado praticamente no meio de uma placa tectônica, ou seja, longe da zona de atrito. Além disso, a maior parte de suas terras está entre as mais antigas do planeta, sendo assim, sofreram mais a ação da erosão ao longo do tempo, ficando mais desgastadas e aplainadas. Boa parte das regiões montanhosas são de origem vulcânica.
As 7 montanhas mais altas do Brasil são:
1 - Pico da Neblina, com 3.014 m, no Amazonas;
2 - Pico 31 de Março, com 2.992 m, Amazonas;
3 - Pico da Bandeira, com 2.890 m, Parque Nacional Caparaó (MG/ES);
4 - Pedra da Mina, com 2.797 m, na Serra Fina (MG/SP);
5 - Pico das Agulhas Negras, com 2.789 m, no Parque Nacional Itatiaia;
6 - Pico do Cristal, com 2.780 m, no Parque Nacional Caparaó;
7 - Monte Roraima, com 2.727 m;
As montanhas são as mais fascinantes e exuberantes formas de relevo do planeta. Por conta de suas elevações, elas apresentam variações climáticas entre o seu topo e as suas áreas mais baixas. A cada 150 metros a temperatura ambiente diminui cerca de 1 grau Celsius. No pico do Everest, por exemplo, a temperatura média chega a - 50 ºC. Quem se arrisca a subir precisa está preparado para enfrentar esse frio e ventos que chegam a 160 km/h. Por causa disso, mais de 120 pessoas já morreram tentando escala-la.
Na bíblia, os montes possuem um significado espiritual. Vejamos os mais importantes:
O Monte Moriá, cujo nome vem da palavra “Mora”, que, em hebraico, significa temor, foi palco onde Abraão quase sacrificou seu único filho Isaque, mas foi impedido por um anjo. O monte tem uma altitude média de 800 metros ao nível do Mediterrâneo. Mil anos depois, Salomão construiu nele um grande templo. Entretanto, o mesmo foi destruído por Nabucodonozor, em 587 a.C. e reconstruído no tempo de Esdras e Neemias. Foi novamente destruído pelo general Tito, no ano 70 d.C. Atualmente, sobre esse monte, encontra-se a Mesquita de Ornar, um dos lugares mais sagrados para os muçulmanos. Do templo restou apenas uma muralha na qual judeus de todo o mundo choram seu exílio e suas amarguras: o Muro das Lamentações.
O Monte das Oliveiras situa-se no setor oriental de Jerusalém. O Vale do Cedrom separa-o do monte Moriá. Esse monte compõe uma cordilheira, sem muita expressão, com aproximada-mente 3 km de comprimento. Na parte ocidental desse monte, está o Jardim do Getsêmani, onde Jesus, pressionado pelos nossos pecados, chorou e enfrentou um dos mais dolorosos momentos de seu ministério.
O Monte da Tentação, distante 20 km ao leste de Jerusalém, está a quase 1000 metros acima do nível do mar. Sua altura, contudo, não ultrapassa a 300 metros, por encontrar-se no profundo terreno do vale do Jordão. Foi nesse monte que Jesus, após o seu batismo, passou 40 dias em completo jejum. Caracterizado por intensa aridez, o lugar é cheio de cavernas, onde atualmente os monges refugiam-se para meditar.
A região montanhosa de Efraim é constituída pelo monte de Naftal, monte de Israel e monte de Samaria. Essa área é classificada como Planalto Central, onde também estão os montes de Ebal e Gerizim. Ambas as elevações, testemunham os visitantes, formam um anfiteatro, com perfeita acústica. Do Ebal foram pronunciadas as maldições. Localizado no Norte de Nablus, seu solo é aridificado e com muitas escarpas. Tem 300 metros de altura e fica a mais de mil metros de altitude em relação ao Mar Mediterrâneo.
O Monte Sião, ao Leste de Jerusalém, possui cerca de 800 metros de altitude, ao nível do Mediterrâneo, é a mais alta montanha da cidade Santa. Designa-o desta forma o profeta Joel: "E vós sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus, que habito em Sião, o monte da minha santidade." (Joel 3:17). O monte era habitado pelos Jebuseus. Davi, entretanto, ao assumir o reinado de Israel, resolveu desalojá-los. A partir de então, aquela singular elevação passou a ser a capital do Reino de Israel. Em virtude de sua posição privilegiada, era uma fortaleza natural para a cidade de Jerusalém. Mais tarde, Davi ordenou que fosse levada a arca da alian¬ça para o monte Sião, então o monte passou a ser considerado sagrado. Nos tempos modernos, foi criado um movimento, visando à criação do Estado de Israel, cujo nome é Sionismo.
Dos fatos acima podemos tirar as seguintes lições:
1 – Montanhas no sentido filosófico significam desafios. Jesus disse que se alguém tivesse fé do tamanho de um grão de mostarda, seria capaz de dizer a um monte para que saisse de um lugar e se atirasse para outro, que isso seria feito.
2 –  Ellen G. White, em seu livro A Ciência do Bom Viver diz: "As montanhas estão mudando; a terra está ficando velha como um vestido; mas a bênção de Deus, que estende para Seu povo uma mesa no deserto, jamais cessará."
3 – Na jornada rumo ao êxito, você precisa aprender a lidar com rejeições, frustrações e fracassos. É como subir uma montanha, onde o alpinista precisa aprender a enfrentar o frio e a hostilidade da subida. No entanto, o clímax do sucesso não consisiste apenas em se chegar ao topo. Mas ir além. A verdadeira grandeza não está em subir uma montanha, mas transformar-se numa. Como assim? Simples. As pessoas de sucesso, como as montanhas, não param de crescer. Elas continuam se aperfeiçoando e sequencialmente levando outras ao êxito. São como os líderes-empreendedores, que começaram de baixo, sofrem, suam, choram, até conseguirem realizar seus sonhos. No entanto, não param por aí. Com seus exemplos e palavras, passam a inspirar outras pessoas para que também cheguem ao topo.
4 –  Você também pode chegar ao último degrau da grandeza. Sabe como? Não conformando-se em ser apenas o melhor alpinista, mas sendo também a própria montanha.
“Os que confiam no Senhor são como Monte de Sião, que não se abala, mas permanece firme para sempre”. (Salmo 125:1).
 Harpa de 1000 Cordas

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

PONHA EM PRATICA SUAS IDEIAS E FAÇA O SEU MELHOR

Simon Sinek tem uma excelente palestra na plataforma TED no qual ele fala sobre “O Círculo de Ouro”, um alvo imaginário formado por três anéis concêntricos, que podem explicar a essência das grandes realizações. No anel central está o “porquê”, no anel intermediário está o “como” e no anel exterior está “o quê”. Conforme ele explica, todas as empresas ou pessoas medianas sabem “o quê” fazem (produto ou serviço) e “como” fazem (processos, procedimentos ou fluxos de trabalho). Mas poucos realmente entendem porquê fazem. Aqueles que sabem o “porquê” realizam determinada tarefa operam de dentro para fora e alcançam o sucesso porquê suas ações estão centradas no núcleo, no coração, no cerne de sua missão. Por exemplo, se você está trabalhando simplesmente porque precisa de seu emprego, então você fará o básico em troca de dinheiro. Mas se você trabalha por aquilo que acredita (sabe o “porquê”), você o fará dando todo o seu sangue, suor e lágrimas.
Sinek demonstra esse princípio usando o exemplo dos irmãos Wright. A corrida pela invenção do avião estava a todo vapor na virada do século XX. Várias pessoas haviam conseguido resultados próximos do ideal e, pela primeira vez, o mundo acreditava que era possível o homem voar. Orville e Wilbur Wright queriam realizar esse sonho. Em seus corações, sabiam que isso era possível. Não tinham dinheiro, nem quem financiasse seus projetos, nem mesmo uma educação superior, mas estavam motivados pela paixão de voar. Eles tinham um “porquê” e estavam determinados a transformar o “porquê” em um “o quê” — o primeiro avião construído pelo homem. Eles não se deixaram abater por fracassos ou frustrações, mesmo sabendo que poderiam colidir pelo menos cinco vezes antes do fim do dia, motivo pelo qual levavam consigo cinco kits de peças para reposição. Depois de inúmeras tentativas, no dia 17 de dezembro de 1903, o planador motorizado dos irmãos Wright decolou e aterrissou com sucesso pela primeira vez, num voo de 36 metros de extensão, que durou 12 segundos.
Até aquele momento, Samuel Pierpont Langley, era considerado a pessoa com a maior probabilidade de descobrir o mecanismo que permitiria o voo tripulado. O governo havia lhe dado uma verba de 50 mil dólares. Além disso, ele era professor em Harvard, trabalhava no Museu Smithsonian e interagia diariamente com os melhores cérebros do país. O The New York Times o seguia por toda parte e escrevia vários artigos a seu respeito. O mundo todo esperava que Langley fizesse o primeiro avião decolar. O problema era que ele, na realidade, não tinha paixão ou vocação para tal. Ele não tinha o “porquê”. As melhores mentes, a maior quantidade de dinheiro e todas as outras razões para vencer não conseguiram fazer dele um vencedor, porque não tinha paixão. Ele queria simplesmente enriquecer e pensou que conseguiria alcançar seu objetivo voando. Além de não ter conseguido vencer, Langley acabou se tornando um mau perdedor. Prova disso é que ele interrompeu todas as suas pesquisas e parou de se importar com a aviação tão logo os irmãos Wright apresentaram seu protótipo. Se ele tivesse paixão por voar, poderia ter reunido o seu talento, todo o dinheiro e as melhores mentes e aprimorado o sucesso dos irmãos Wright, ou até mesmo aplaudido o sucesso da dupla. Mas em vez disso, ele simplesmente desistiu, abandonou o projeto e voltou para casa. Tudo isso porque só estava no negócio pelo dinheiro e não tinha qualquer paixão pelo que fazia. Ele não tinha um “porquê”, tinha somente “o quê”. É por isso que quase ninguém sabe ao seu respeito.
Apesar da mídia americana dar todos os créditos aos irmãos Wright, foi o brasileiro Santos-Dumont quem recebeu o reconhecimento oficial como patrono da aviação mundial. Ele realizou o vôo com o 14-Bis, em 23 de outubro de 1906, a milhares de pessoas presentes no campo de Campo de Bagatelle, em Paris. Ele foi premiado e consagrado como o primeiro homem que alcançou vôo com uma máquina controlada mais pesada que o ar. Somente dois anos depois, em 1908, que os irmãos Wright apresentaram ofialmente sua invenção (que diziam ser uma réplica do avião inventado em 1903). Eles voaram 124 quilômetros e estabelecem um recorde esmagador. Apesar do desempenho no ar, o modelo ainda usava a catapulta e trilhos para sair do chão, diferente do 14-Bis, que não precisava desses dispositivos. Em 1910 foram inaugurados um marco de granito no Campo de Bagatelle e outro em 1913 na Praça Santos-Dumont. No primeiro está escrito: "Aqui, em 12 de novembro de 1906, sob o controle do Aeroclube da França, Santos-Dumont estabeleceu os primeiros recordes de aviação do mundo." E, no segundo (se referindo também ao vôo de balão): "Este monumento foi erigido pelo Aeroclube da França para comemorar as experiências de Santos-Dumont, pioneiro na locomoção aérea. 19 de outubro de 1901 e 23 de outubro de 1906."
Da história acima podemos obter as seguintes lições:
1 - Em seu livro “Life Tide”, publicado em 1979, o biólogo Lyall Watson conta o que aconteceu numa tribo de macacos, numa ilha perto do Japão, depois que um novo alimento, batatas-doces, cobertas de areia e recentemente desenterradas, foi introduzido em seu meio. Uma vez que os outros alimentos não requeriam preparo, os macacos estavam relutantes em comer as batatas sujas. Foi então que um macaco resolveu o problema, lavando as batatas num riacho e ensinando a mãe e os companheiros a fazerem o mesmo. Então, algo aconteceu. Uma vez que cerca de cem macacos adquiriram esse conhecimento, outros que não tinham contato com eles, mesmo aqueles que viviam em outras ilhas, começaram a fazer a mesma coisa. Não havia meio físico pelo qual pudessem ter sido influenciados pelos primeiros macacos. Mas, de alguma forma, o comportamento espalhou-se. Incrivelmente esse tipo de situação acontece frequentemente com seres humanos. Há numerosos casos onde indivíduos, sem maneira de entrarem em contato com outros, agem de notável acordo. Um físico tem uma idéia e, simultaneamente, três físicos em outros lugares têm a mesma idéia. Um inventor cria algo, e em pouco tempo, outro apresenta algo melhor. Foi assim que aconteceu aos irmãos Wright, Langley, Santos-Dumont e outros. Muitos cientistas proeminentes e pesquisadores do cérebro, tais como o físico David Bohn e o biólogo Rupert Sheldrake, acreditam na existência de uma consciência coletiva. Tudo indica que, quando acreditamos, focamos e agimos em função dos nossos “porquês”, encontramos um caminho para mergulhar nesse universo.
2 - Nossos corpos, nossos cérebros e nossos estados são como um instrumento de muitas cordas. Assim como uma corda pode fazer outra vibrar sem contato físico, é possível que entremos em ressonância com essa consciência coletiva para capturar ou compartilhar informações. Isso significa que, sempre que você tiver uma idéia, coloque-a em prática o mais breve possível, pois alguém, em algum lugar, poderá está tendo essa mesma idéia. 
3 – Assim como os irmãos Wright e Santos-Dumont, tenha um “porquê” em seu coração, pois só assim você trabalhará com paixão. Segundo o pesquisador Mark Albion, autor do livro “Making a Life, Making a Living”, um estudo feito com 1.500 profissionais, revelou que as pessoas que trabalham com aquilo que amam possuem 50 vezes mais probabilidade de se tornarem milionárias do que aquelas que trabalham apenas por dinheiro.
4 – “Se você quer ser bem sucedido, precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e dar o melhor de si.” – Ayrton Senna
“…Ele buscou o seu Deus e trabalhou de todo o coração; e por isso prosperou.” (II Crônicas 31:21)
 Harpa de 1000 Cordas

sábado, 13 de fevereiro de 2016

FAÇA MAIS DO QUE O ESPERADO

Havia um jovem bastante analítico e cheio de energia trabalhando na firma do empresário e escritor Dave Ramsey. O jovem queria aumentar sua renda e teve uma ideia brilhante!
Qualquer pessoa pode entregar uma pizza, mas John não se contentou em fazer apenas o processo básico, ele começou a experimentar diversas variações que fizeram aumentar seus resultados, e elaborou uma planilha de modo que pudesse quantificar esses resultados em gráficos.
No início ele descobriu que, se considerasse a área atendida pela pizzaria, se saísse com mais de três pizzas para entregar de uma vez só, quando chegasse à quarta casa, esse cliente consideraria que a entrega estava atrasada e uma prova disso era o fato de que a pizza já estava fria. Duas entregas de cada vez eram ineficientes e quatro entregas era um número excessivo. Ele descobriu também que, após tocar a campainha, precisava se afastar pelo menos três passos da porta, para que sua altura e presença não intimidasse a pessoa que atenderia à porta. Ele também descobriu que, se tivesse a oportunidade, deveria estacionar o veículo em frente ao cômodo onde a TV provavelmente estava instalada, de modo que alguém pudesse vê-lo chegando e anunciasse para toda a casa: “A pizza chegou!”. Depois de estacionar em um lugar em que as pessoas pudessem vê-lo antecipadamente, descobriu que deveria apressar o passo para se aproximar da porta, de modo a mostrar que se importava com a satisfação do cliente. Tentou assobiar enquanto corria e enquanto esperava até a porta ser aberta. Chegou até mesmo a analisar se alguma das músicas que assobiava era melhor do que as outras. Começou a sorrir intencionalmente e a lembrar os clientes de que sua pizza estava bem quente e era deliciosa.
Além de calcular o número correto de entregas que devia fazer a cada vez que saísse da pizzaria, certificando-se de que as pizzas que entregava estavam quentes, John percebeu que, muitas vezes, um cão vinha recebê-lo à porta, com um membro da família logo atrás de si, preparado para pagar. Ele percebeu que, se acariciasse o cachorro da família e conversasse a seu respeito, isso aumentaria consideravelmente a gorjeta. Foi até uma loja e comprou um cinto de ferramentas com bolsos. Em seguida, colocou biscoitos caninos dentro dos bolsos do cinto, de modo que pudesse dar um petisco ao cachorro, bem na frente do dono.
Assim, o entregador de pizza passou a estacionar onde todos podiam vê-lo chegando, saltando do carro correndo com energia até a porta da casa, assobiando uma canção, sorrindo, afastando-se da porta até que ela fosse aberta, dando um biscoito para o cachorro e entregando à pessoa que veio lhe atender uma pizza quente e deliciosa. O resultado? Segundo Dave Ramsey, as gorjetas que John recebia eram tão generosas que sua renda chegava a ser maior que a de um advogado.
As lições dessa hitória:
1 - Seja observador e um estrategista em relação ao seu trabalho. Há um ponto onde todas as variáveis, como numa equação, quando estudadas e otmizadas, geram resultado máximo.
2 - Busque de uma forma inteligente fazer mais do que aquilo que você é pago para fazer, pois isso abre infinitas oportunidades.
2 - "Não há motivo para permanecer desempregado à procura de trabalho. Trabalho não é muito difícil de encontrar se você enxergar as necessidades das pessoas e como você pode servi-las". - Dave Ramsey
"Tudo o que vier a mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças" (Eclesiastes 9:10)
 Harpa de 1000 Cordas

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

AUMENTE SUA RESISTENCIA

🏆Stu Mittleman, aos 30 anos, tinha um objetivo muito ousado: quebrar o recorde mundial de corrida em longas distâncias no menor tempo. Em 1986, durante 11 dias consecutivos ele correu 21 horas por dia, e dormia apenas 3 horas por noite. Resultado de anos de treinamento não apenas do corpo, mas também da mente. Seu objetivo era demonstrar o potencial físico quase ilimitado que se encontra dentro de cada ser humano. Ao quebrar o recorde anterior e correr mais de 1.600 quilômetros em 11 dias e 19 horas, a uma média de 135 quilômetros por dia, ele provou que tudo é possível, quando se  condiciona a mente e o corpo para produzir resultados. Ele demonstrou, com seu exemplo, que a capacidade da realização humana é incrível, e que podemos nos adaptar praticamente a  qualquer situação, enfrentar qualquer desafio, desde que nos empenhemos para isso. Testemunhas de sua espantosa façanha comentaram que Stu Mittleman parecia melhor ao final da corrida de 1.600 quilômetros do que no momento da partida. Não sofrera lesões, nem mesmo uma bolha!

O que lhe proporcionava a incrível capacidade de levar seu corpo aos limites e maximizar seu potencial sem lesioná-lo? Em primeiro lugar o conhecimento. Stu tem diplomas de psicologia do esporte, sociologia e psicologia social, além disso, fazia doutorado em fisiologia do exercício na Universidade de Colúmbia. Isso mostra que o conhecimento, apesar de não garantir o sucesso, tem sua inquestionável importância.  Em segundo lugar, Stu tinha preparo – resultado da perfeita combinação de exercícios aeróbicos com anaeróbicos.

Mas o que são esses exercícios?

O exercício aeróbio significa, literalmente, “com oxigênio”, e se refere a prática moderada de um exercício mantido por certo período de tempo. O sistema aeróbio é o sistema da resistência, e abrange o coração, pulmões, vasos sangüíneos e músculos aeróbios. Se você ativa esse sistema com dieta e exercícios apropriados, queima gordura como combustível primário. Exemplos são os alongamentos, as caminhadas e corridas moderadas.

Por outro lado, anaeróbio significa, literalmente, “sem oxigênio”, e se refere aos exercícios que produzem curtas explosões de energia. O exercício anaeróbio queima glicogênio como o combustível primário. De um modo geral, o tênis, basquete, vôlei, futebol, corridas com arranques e esportes similares são anaeróbios. O problema é que esse tipo de exercício cria um imediato déficit de oxigênio nas células, e começa a condicionar o metabolismo a queimar glicogênio e/ou açúcar no sangue, no entanto, a gordura continua sendo armazenada

Andar, correr, andar de bicicleta, nadar, dançar etc. podem  ser aeróbio ou o anaeróbio, dependendo da intensidade com que esses exercícios são praticados. Batimentos cardíacos baixos tornam essas atividades aeróbias, e batimentos cardíacos altos fazem com que sejam anaeróbicas.

A maioria das pessoas que praticam esportes apenas nos fins-de-semana leva um estilo de vida em constante estado anaeróbio.  O resultado disso é que o metabolismo treinado converte o açúcar do sangue em fonte secundária de energia, o que afeta no mesmo instante o nível de saúde e vitalidade. Como o sistema nervoso exige o consumo de dois terços do açúcar no sangue, o déficit criado pelos exercícios anaeróbios pode causar problemas neuromusculares, como fadiga, lesões, baixos níveis de açúcar no sangue, depressão, ansiedade, problemas de metabolismo da gordura, síndrome pré-menstrual, ou problemas de circulação e articulações rígidas. Por conta disso, muitos estão se tornando menos saudáveis mesmo praticando esportes.

Dos fatos acima podemos obter as seguintes orientações:

1 – Pratique esportes, mas sempre comece com uma base aeróbia que dure pelo menos 20 minutos, sendo que o ideal é de 30 a 45 minutos. Depois disso passe para os exercícios anaeróbios, que podem ser praticados uma a três vezes por semana. O desenvolvimento apropriado do sistema anaeróbio não apenas o tornará um esportista melhor, mas também queimará a gordura extra dos quadris, melhorará o sistema imunológico, proporcionará mais energia, e o manterá relativamente livre de lesões.

2 – A melhor medida aeróbica para o controle do batimento cardíaco é de 220 menos a sua idade. Para alguém de 30 anos, isso significaria um ritmo cardíaco de 190. Exercitar-se além disso por longos períodos é extremamente perigoso à saúde. Pode deixar alguém em “forma”, mas o corpo acaba desviando sangue de órgãos críticos, como fígado e rins, perdendo uma grande quantidade de oxigênio, deteriorando a vitalidade e saúde.

3 - Treine seu metabolismo para operar sistematicamente de maneira aeróbia. Se você deseja perder gordura, deve focar na prática de exercícios aeróbicos. Esses exercício também impedem a obstrução de artérias que levam à doenças cardíacas – a principal causa de morte no mundo.

4 - Algumas pessoas, em seu empenho para eliminar toda a gordura da dieta, passam por períodos de fome. O problema é que, ao fazê-lo, induzem o corpo a entrar num estado de “emergência”, em que o mesmo passa a armazenar mais gordura. Adeptos dessa prática, quando retornam aos antigos padrões alimentares, armazenam mais gordura e recuperam mais peso do que perderam.

5 - Stu garante que é possível manter e melhorar a resistência mesmo em idade avançada. A cronologia não é árbitro da saúde. Embora algumas pessoas nasçam com uma predisposição para queimar gordura, qualquer um pode obter resistência e vitalidade, pela decisão consciente de condicionar a química do corpo. Como ele mesmo diz: “Não somos limitados pela velhice; somos libertados por ela.”.

“Todos os atletas se impõem a si muitas privações; e o fazem para alcançar uma coroa corruptível. Nós o fazemos por uma coroa incorruptível”. (I Corintios 9:25)

📖 Harpa de 1000 Cordas

sábado, 6 de fevereiro de 2016

VALORIZE OS SEUS

Kiniwata é uma ilha do pacífico e talvez um dos poucos lugares no mundo onde ainda se adota o costume muito inusitado: a compra de esposas. A moeda por esse tipo de transação são as vacas que o pretendente transfere para o pai da moça. Normalmente, com duas ou três vacas é possível se adquirir uma esposa bonita a média. Com quatro ou cinco, pode-se adquirir uma esposa linda até a mulher dos sonhos.

Certo dia, um jovem chamado Johnny Lingo, natural de Chicago e que trabalhava como gerente de um hotel em Kiniwata, pagou oito vacas por uma esposa a um comerciante local. Esse fato deixou os moradores da ilha extremamente impressionados, pois achavam que o pai da moça, de alguma forma, havia enganado o rapaz. A garota, cujo nome era Sarita, apesar de bonita, era vista por todos como magrela, que andava com ombros caídos, cabeça baixa, e sem graça.

Patricia MacGerr, uma turista que estava visitando Kiniwata, ficou sabendo da fama de Johnny, e decidiu descobrir o motivo pelo qual alguém pagaria um preço tão alto por uma simples esposa.  Em suas pesquisas, acabou descobrindo que Johnny era um ótimo negociante, ele conhecia tudo naquela ilha e arredores, era rico e inteligente, mas por causa de sua decisão de ter pago oito vacas por uma mulher  de tão pouca beleza e sem muitas qualidades, os moradores faziam piadas dele. Por esse e outros motivos, Patrícia estava ansiosa por conhecer Johnny  e Sarita. 

Perguntando a respeito dele, ela descobriu que Johnny morava numa ilha próxima, Nurabandi. Ao aportar com seu barco, ela indagou onde ele morava. Ela percebeu algo diferente, que o nome não provocava gracejos como em outras ilhas. Ao chegar na residência dele, ela logo foi recebida por um jovem esbelto e sério que a recepcionou com alegria. Sentaram e conversaram. Quando ele soube que ela vinha de Kiniwata, perguntou:
- Falam de mim naquela ilha?
- Falam que o senhor sabe negociar muito bem e que me ajudaria a conseguir qualquer coisa que eu precisasse por aqui.
Ele sorriu delicadamente.
- Minha esposa é de Kiniwata, falam dela?
- Um pouco. – Patrícia teve que admitir. Mas a pergunta seguinte lhe pegou de surpresa:
- O que dizem?
Ela, meio desconcertada, respondeu:
- Disseram que o senhor casou durante a festa de outono...
Então Johnny interrompeu, sorrindo:
- Também dizem que o acordo de casamento foram oito vacas.
Patrícia fez uma pausa e continuou, dizendo:
- Eles perguntam até hoje por quê.
- Eles perguntaram isso? – Os olhos de Johnny brilhavam de tanto prazer. – Todo mundo em Kiniwata sabe a respeito das oito vacas?
Patricia assentiu positivamente com a cabeça. Então ele prosseguiu cheio de satisfação:
- Em Nurabandi todos também sabem. 

Nesse momento ela pensou: “Sempre que alguém falasse sobre acordo de casamento, lembraria de Johnny  Lingo, o homem que pagou oito vacas por Sarita, uma mulher magrela e sem graça. Tudo isso por pura vaidade.”

Seus julgamentos precipitados são logo varridos por uma presença inesperada. É quando ela a vê.  Sarita entra educadamente na sala e coloca flores sobre a mesa.  Patricia congela por alguns instantes. A esposa sorri para Johnny e torna a sair. Naqueles poucos segundos, Patricia percebe que está diante da mulher mais linda que conhecera em toda a sua vida. A postura ereta, a inclinação do queixo, o brilho nos olhos, tudo demonstrava a consciência de um orgulho a que tinha direito. Ela desperta como quem estivesse acordando de um sonho. Ao olhar para Johnny, percebe que ele está se divertindo ao vê-la tão impressionada. Então ele pergunta:
- A senhora a admira?
- Ela é gloriosa! – Patricia teve que admitir.
- Só existe uma Sarita – ele falou serenamente. – Talvez seja diferente da descrição que fizeram a senhora em Kiniwata.
- Muito diferente! Me disseram que ela era meio sem graça e que o senhor se deixou tapear pelo pai dela.
Um sorriso deslizou sobre os lábios dele.
- A senhora acha que oito vacas foi demais?
- Claro que não. Mas como ela pode está tão diferente da descrição que fizeram dela?
Então ele explica:
- A senhora já pensou o que deve significar para uma mulher saber que o marido pagou o mais baixo preço para compra-la? Quando as mulheres conversam, elas se gabam do que o marido pagou por elas. Uma diz quatro vacas, outra, talvez, seis. Como se sente uma mulher vendida por uma ou duas? Isso não podia acontecer com minha Sarita.
- Então o senhor fez isso para fazê-la feliz?
- Sim, eu queria que ela se sentisse feliz. Mas queria mais do que isso. A senhora diz que ela está diferente. É verdade. Muitas coisas são capazes de mudar uma mulher. Coisas que acontecem por dentro, coisas que acontecem por fora. Mas o que mais importa é o que ela pensa sobre si mesma. Em Kiniwata, Sarita achava que não valia nada. Agora sabe que vale mais do que qualquer outra mulher das ilhas. Eu queria me casar com Sarita. Eu a amava, e a nenhuma outra. Mas eu queria uma mulher que valesse oito vacas.

Da história acima podemos obter as seguintes lições:

1 – Assim como foi a Johnny Lingo, as pessoas sempre buscarão fatos pelos quais falarão mal de você.  Agindo bem ou mal, você sempre será alvo das críticas, principalmente por aqueles que se julgam melhores que você. O hábito de criticar é inerente à natureza humana. Caso suas ações sejam realmente corretas e não prejudicam ninguém, não permita-se paralisar-se pelo que as más línguas dizem ao seu respeito.

2 – Assim como aconteceu com Sarita, as pessoas tendem a corresponder positivamente quando tratadas com respeito. Isso é confirmado pelas palavras do filósofo alemão Johann Goethe: “Trate um ser humano como ele é, e ele continuará como ele é. Trate-o como ele pode e deve ser, e ele se tornará pode e deve ser”.

3 – Num mundo em que costumeiramente ouve-se falar de homens que desprezam suas esposas e mulheres que humilham seus maridos, o maior bem que podemos fazer é despertar nas pessoas a riqueza que está dentro delas mesmos. Assim, devemos evitar a todo custo que aqueles que estão próximos de nós se sintam inferiorizados por nossas atitudes. Ao ferir a quem amamos, ferimos a nós mesmos. Ao valorizar aqueles que estão conosco, agregamos valor à nossa própria existência.

4 – Johnny desejava que sua esposa encontrasse a beleza que há anos estava escondido dentro dela mesma. Um grande líder, pai ou marido, deve ter a habilidade de comunicar o valor e potencial às pessoas, de forma que a beleza interior delas se torne tão grande a ponto de influenciar a aparência exterior. Jesus fez isso, por meio de sua morte. Ele deu sua vida para salvar a igreja da perdição total e transforma-la numa esposa bela e triunfante.

“E vós maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela”. (Efesios 5: 25)

📖 Harpa de 1000 Cordas

sábado, 30 de janeiro de 2016

FIQUE COM 10%

A história do filho pródigo revela um pouco do costume dos povos antigos, em que os filhos ricos viviam nas casas dos pais na esperança de herdarem seus bens. Mas certo dia, Arkad, um dos homens mais ricos da antiga Babilônia, que não concordava com tal costume, mandou chamar seu filho Normasir, que havia atingido a maioridade, e dirigiu-lhe as seguintes palavras:

— Meu filho, meu desejo é que você herde todos os meus bens. Entretanto, primeiro deve provar que é capaz de administrá-los adequadamente. Por isso, quero que saia pelo mundo e mostre sua competência para ganhar dinheiro e tornar-se um homem respeitado entre nossa gente. Para começar bem, lhe darei duas coisas que eu mesmo não tive quando iniciei  a construção da minha fortuna. Primeiro, passo-lhe às mãos este saco com moedas de ouro. Se usá-lo com discernimento, ele constituirá a base a base de seu futuro sucesso. Segundo, deixo sob sua custódia esta pequena tábua de argila onde estão gravadas as cinco leis do ouro. Se conseguir transportar o espírito delas para seus próprios atos, elas lhe trarão competência e segurança. Daqui a 10 anos, volte a casa de seu pai e dê-lhe conta de tudo o que fez. Se eu achar que se mostrou valoroso e me apresentar provas disso, eu o farei herdeiro de todos os meus bens.

Assim, Normasir partiu em busca de seu próprio caminho, pegando a saco de ouro, a pequena tábua de argila em tecido de seda, seu escravo os animais de carga e de montaria.

10 anos se passaram, e o filho, como havia sido combinado, retornou à casa do pai, tendo este providenciado uma grande festa em sua homenagem e para qual convidara grande número de amigos e parentes. Terminadas as comemorações, pai e mãe acomodaram-se em seus ricos assentos num dos lados do grande salão, e o filho presentou-se diante deles para prestar contas de sua viagem, como havia prometido.  Sua esposa, os filhos ainda pequenos, com amigos e outros membros da família, estavam assentados sobre tapetes, atrás dele, ouvindo-o atentamente.

— Meu pai,  há 10 anos, quando me achava às portas o senhor incentivou-me a partir e a tornar-me um homem entre os homens, em vez de permanecer nesta cidade como um vassalo de sua fortuna. E me deu um saco com moedas de ouro. E me concedeu liberalmente as atenções de sua sabedoria.

O pai sorriu indulgentemente:

— Continue, meu filho, sua história me interessa em todos os seus detalhes.
— Decidi ir para Nínive, uma próspera cidade, acreditando que ali encontraria oportunidades. Juntei-me a uma caravana e fiz entre seus membros numerosos amigos. Ali também se achavam dois homens bem-falantes que tinham um belíssimo cavalo branco, rápido como o vento. Enquanto viajávamos, eles me disseram que havia em Nínive um homem riquíssimo, dono de um cavalo tão veloz que nunca tinha sido derrotado. Disseram que, se comparado ao deles, o animal do homem não passava de um pangaré que podia ser batido com facilidade. Propuseram-me então participar com eles da uma aposta, aceitei, mas nosso cavalo levou uma surra vergonhosa, e acabei perdendo grande parte do ouro.

O pai não pôde deixar de rir.

— Mais tarde descobri que se tratava de um plano fraudulento desses crápulas e que eles constantemente viajavam com caravanas, procurando sempre novas vítimas. Mas esse astucioso golpe me deu uma grande lição, incitando-me a ter mais cuidado daí para a frente.

Normasir continuou:

— Logo aprenderia outra, igualmente amarga. Na caravana havia outro jovem com quem estreitei laços de amizade. Ele era filho de pais ricos, como eu, viajando a Nínive a fim de encontrar uma posição conveniente. Não muito depois de nossa chegada, me contou que um comerciante tinha morrido, deixando uma loja repleta de ricas mercadorias e uma clientela de primeira qualidade. Ele propôs que adquiríssemos aquela loja como sócios em partes iguais, mas que antes precisava voltar à Babilónia para investir seu dinheiro, e convenceu-me a comprar a loja apenas com a minha parte. A dele seria usada mais tarde para levar adiante o empreendimento. Comprei a loja e nesse meio tempo, ele demonstrou ser um comprador burro e um gastador insensato. Por fim mandei-o embora. A loja era repleta de mercadorias que ninguém queria comprar e eu sem dinheiro para adquirir outras, decidi repassá-la um israelita por um preço desprezível. A isso se seguiram, meu pai, dias bastante amargos. Procurei emprego e não encontrei, pois não tinha profissão nem treinamento que me capacitassem a ganhar o meu dinheiro. Vendi meus cavalos. Vendi meu escravo. Vendi tudo o que tinha. Naqueles, porém, lembrei-me do compromisso que eu tinha com o senhor, de tornar-me um homem responsável, e eu estava disposto a não desapontá-lo.

A mãe escondeu o rosto e chorou baixinho.

— Foi então que me veio à memória a pequena tábua que o senhor me dera e onde tinha gravado as cinco leis de ouro. Li com extremo cuidado suas sábias palavras e percebi que, se ao menos tivesse buscado primeiro a sabedoria, meu ouro não teria ido embora. Decorei cada uma das leis e determinei que, se ainda uma próxima vez a deusa da boa fortuna sorrisse para mim, eu me deixaria guiar pela sabedoria em vez de confiar na minha inexperiência. Para proveito de todos, lerei as sábias palavras de meu pai gravadas sobre essas pequena tábua de argila que ele me entregou há dez anos. 

Ele leu as cinco leis diante de todos, depois disso, disse:

—  Essas são as cinco leis de ouro gravadas por meu pai na pequena tábua. Proclamo-as tão valiosas quanto o próprio ouro. Depois de muitos dias amargos, consegui um emprego como chefe de um grupo de escravos que trabalhavam na nova muralha externa da cidade. Usando meu conhecimento da primeira lei de ouro, economizei uma moeda de cobre dos meus primeiros vencimentos, acrescentando a ela, sempre que possível, uma moeda de prata. Era um procedimento lento, pois eu tinha de fazer despesas pessoais. Gastava de má vontade, admito, porque estava determinado a ganhar, antes de completados os dez anos, muito mais dinheiro que aquele que o senhor, meu pai, me havia concedido. Um dia, o chefe dos escravos, de quem me tinha tornado amigo, disse-me que eu era um jovem econômico que não gastava mais do que ganhava. Dissei-lhe que era meu desejo juntar o suficiente para repor aquele que meu pai havia me dado e que havia perdido. Então ele me disse que, se eu confiasse nele, ele me ensinaria a lidar de modo lucrativo com o dinheiro, e me explicou que dentro de um ano, a muralha externa terá sido terminada e estará pronta para receber grandes portões de bronze que serão erguidos em cada entrada, a fim de proteger a cidade contra os inimigos do rei. Em toda Nínive não existia metal suficiente para fazer esses portões, e o rei ainda não havia pensado em providenciá-lo. Seu plano era formar um grupo que juntaria dinheiro para organizar uma caravana às minas de cobre e estanho, muito distantes, e trariam a Nínive quantidades imensas de metal. Assim que rei ordenasse a fabricação dos portões, nós sozinhos forneceríamos o metal a um preço que o soberano não se recusaria a pagar. Se o rei não quiser comprar diretamente de nós, mesmo assim, ainda teríamos o metal, que poderia então ser vendido a um preço bem mais alto a outros compradores. Nisso eu reconheci uma oportunidade para aplicar a terceira lei e investir minhas economias sob a orientação de um homem sábio. Não fui desapontado. Nosso grupo foi bem-sucedido, e com o tempo, fui aceito como um membro desse mesmo grupo em outros empreendimentos. Assim, aprendi a investir com segurança e a garantir um retorno lucrativo para o meu dinheiro. Devido a meus infortúnios, tentativas e êxitos, pude repetidas vezes, meu pai, comprovar que a sabedoria das cinco leis de ouro de fato estavam certas. Para quem não conhece essas leis, o dinheiro vai embora rapidamente. Para quem conhece, o dinheiro aparece e trabalha para eles como um escravo.

Nomasir parou de falar e acenou para um escravo no fundo da sala. O escravo trouxe para a frente, um de cada vez, três pesados sacos de couro. Nomasir pegou um deles e colocou-o no chão, diante de seu pai, dirigindo-lhe estas palavras:

— O senhor me deu, quando há dez anos deixei sua casa, um saco com moedas de ouro da Babilônia. Pois aí está, como devolução, um saco com moedas de ouro de Nínive de igual peso. Uma troca equivalente, como todos concordarão.

Então ele continuou:

— O senhor me deu também uma pequena tábua de argila gravada com palavras sábias. Em seu lugar, aí estão esses dois outros sacos com moedas de ouro.

Assim dizendo, tirou-os das mãos do escravo e, do mesmo modo, colocou-os no chão diante do pai.

O pai pôs afetuosamente sua mão sobre a cabeça do filho, e disse:

— Você aprendeu bem suas lições, e me sinto realmente feliz por ter um filho a quem possa confiar minha riqueza.

Da história acima podemos tirar as seguintes lições:

1 - George S. Clason, autor do livro que conta essa história - O Homem Mais Rico da Babillônia - por meio dessa ilustração, ensina que a sabedoria vale mais do que ouro, pois foi por meio dela que Normasir, depois de ter perdido tudo, conseguiu tornar-se próspero, além de digno de receber a rica herança do pai. Essa história ilustra que o sucesso é fruto da experiência. Mas a experiência é fruto dos fracassos.

2 – Quando se guarda pelo menos 10 % de tudo que se ganha (independente das questões religiosa sobre o dízimo), você está dizendo para seu próprio subconsciente de que é capaz de conseguir muito mais. E que a abundância está em você e não no seu salário. Esses 10% é a semente que você não deve comer, mas investir. Segundo pesquisas, pessoas que são capazes de adiar suas recompensas (independente de salário), que trocam a satisfação imediata em prol das oportunidades futuras, são dezenas (até milhares) de vezes mais bem-sucedidas em comparação das pessoas que não possuem esse hábito.

3- As cinco leis do ouro que Normasir recebeu do pai, e que foram lidas diante de todos, foram as seguintes:
I - O ouro vem de bom grado e numa quantidade crescente para todo homem que separa não menos de um décimo de seus ganhos, a fim de criar um fundo para o seu futuro e o de sua própria família. 
II - 0 ouro trabalha diligente e satisfatoriamente para o homem prudente que, possuindo-o, encontra para ele um emprego lucrativo, multiplicando-o como os flocos de algodão no campo.
III - O ouro busca a proteção do proprietário cauteloso que o investe de acordo com os conselhos de homens mais experimentados em seu manuseio.
IV - O ouro foge do homem que o emprega em negócios ou propósitos com que não está familiarizado ou que não contam com a aprovação daqueles que sabem poupá-lo.
V - O ouro escapa ao homem que o força a ganhos impossíveis ou que dá ouvidos aos conselhos enganosos de trapaceiros e fraudadores ou que confia em sua própria inexperiência e desejos românticos na hora de investi-lo.

4 – Segundo pesquisas, os chineses economizam 55% de seus salários, os russos 28%, os alemães 23%, os americanos 16%, e apenas 20% brasileiros conseguem economizar 10%. No entanto, 80% da população brasileira deve cartão de crédito, sendo que essa dívida, em média, equivale a 7 vezes mais que seus salários. Isso demonstra que, mais do que ganhar dinheiro, precisamos aprender a investi-lo, aplicando a lei do ouro, como fazem os países mais desenvolvidos.

5 - O êxito financeiro não tem nada a ver com religião. Por isso que há pessoas ricas e pobres dentro de uma mesma denominação. No entanto, as pessoas que se tornaram bem-sucedidas depois que se converteram a determinada igreja, foram beneficiadas pela benção motivação, autoconfiança, disciplina, foco, força e fé, que também são alcançáveis a qualquer indivíduo que busca prosperidade, independentemente de religião. Por outro lado, a maior benção do evangelho, é sem dúvida, a salvação, e isso vem pela graça.

“Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos.” (2 Coríntios 8:9)

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

CONHEÇA E PRATIQUE PARA VENCER

Henry Ford teve muito pouco tempo de estudo, entretanto foi um dos homens mais “bem-educados” do mundo, porque adquiriu a habilidade de combinar as leis econômicas com as leis naturais, alcançando assim o poder que lhe permitiu tirar o que precisava do material da natureza.
Há muitos anos atrás, Ford moveu uma ação contra o jornal Chicago Tribune, acusando-o de haver publicado um artigo com alusões ofensivas à sua pessoa, uma das quais dizia que ele era um pacifista ignorante, etc. Quando a ação chegou ao tribunal, os advogados do Tribune pretenderam provar por meio do próprio Ford, o que havia sido escrito contra ele. Ford foi obrigado a apresentar-se no tribunal. Os advogados disseram que ele realmente era um ignorante, e com esse objetivo, o interrogaram sobre muitos assuntos. Uma das perguntas formuladas pelos advogados foi a seguinte:
- Quantos soldados a Inglaterra mandou para vencer a rebelião das Colônias, em 1776?
Cor ar de desprezo, sem se alterar, Ford respondeu:
- Não sei exatamente o número enviado, mas ouvi dizer que foi enviando um número muito maior do que o dos que voltaram.
Uma gargalhada geral contaminou o juiz, o júri, os espectadores, e até mesmo o advogado frustrado.
A série de perguntas prosseguiu por uma hora ou mais, e Ford manteve-se perfeitamente calmo durante todo o tempo. Finalmente, cansado das brincadeiras dos “astutos” advogados, a uma pergunta particularmente insultuosa, Ford levantou-se e apontando com o dedo para o advogado que o interrogava, replicou:
- Se eu pretendesse responder à pergunta idiota que o senhor acaba de fazer, ou a qualquer outra que já fizeram, permita-me lembrar-lhes que sobre a minha mesa de trabalho, tenho uma série de botões elétricos, e, colocando um dedo sobre um determinado botão, chamaria homens que poderiam dar-me uma resposta correta a todas as perguntas que me foram feitas, e a todas que os senhores não têm inteligência para formular, nem teriam para responder. Agora, tenham a bondade de dizer-me porque eu iria encher a cabeça com uma série de detalhes inúteis a fim de responder a todas as perguntas idiotas que me fizeram, quando tenho em torno de mim homens capazes, que me podem apresentar todos os fatos que necessito a um simples chamado meu?
Houve um silêncio no tribunal. O promotor ficou de queixo caído e arregalou os olhos surpreso. O juiz endireitou-se na cadeira e olhou fixo para Ford. Muitos jurados ficaram estupefatos e olharam em torno de si como se tivessem contemplado uma explosão. Até então, o advogado de acusação se divertira bastante a custa de Ford, exibindo assim com habilidade os seus próprios conhecimentos em comparação com o que julgava ser a ignorância de Ford, mas aquela resposta o deixou totalmente sem graça.
Ford, por meio desse fato, provou que a verdadeira educação não significa uma mera coleção de conhecimentos, mas em adquirir o saber necessário para atender às suas necessidades e desenvolver o próprio espírito. Esse conceito está em conformidade com o significado da palavra educar, que tem as suas raízes no vocábulo latino “educo”, que significa desenvolver-se de dentro, projetar-se, crescer por meio da lei da prática.”
Dos fatos acima podemos obter as seguintes lições:
1 – Ford, em sua época, foi o homem mais poderoso do mundo porque tinha a concepção prática do princípio do conhecimento organizado. O conhecimento em si não gera poder, caso contrário, todos os professores do mundo seriam milionários. O conhecimento só se torna poder quando o mesmo é organizado, classificado e posto em ação.
2 – Segundo Napoleon Hill, “o homem que sabe fazer um uso inteligente do conhecimento dos outros é mais educado do que aquele que, tendo conhecimentos, não sabe como emprega-los.”
3 – Ford talvez não tivesse nenhuma formação acadêmica, mas ele conhecia profundamente seu trabalho, principalmente sobre mecânica de motores e gestão de pessoas. O segredo do seu sucesso era saber como as coisas com as quais lidava funcionam. Isso comprova que, apesar do conhecimento não garantir o sucesso, ele sempre é importante. Ninguém chega ao êxito sem saber de nada.
4 – Segundo cientistas, a aprendizagem remodela a configuração física do cérebro, pois o conhecimento não somente muda nosso software, mas também transforma nosso hardware. Assim, se você deseja ser uma pessoa portadora de uma mente privilegiada e de um comportamento triunfante, jamais deixe de aprender! A cada dia 3 mil novos livros são lançados e quanto de tudo isso você tem tirado proveito?
“Recebei o meu ensino, e não a prata, preferi o conhecimento, antes do ouro puro. Porquanto, melhor é a sabedoria do que as mais finas jóias, e de tudo o que se possa ambicionar, absolutamente nada se compara a ela!” (Provérbios 8: 10-11)
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

REMOVA AS PEDRAS DENTRO DE SI MESMO

Certa vez um monge estava caminhando por uma estrada num fim de tarde. De repente percebeu que o capim alto à beira da estrada se mexeu. Um rapagão forte e corpulento saiu do meio do mato e prostrando-se de joelho implorou ao sábio que o tirasse daquela vida de frustração e angustias. O rapaz começou a contar sua história e disse ao sábio que ninguém o aceitava. Após escutar tudo o que o rapaz disse o sábio com tom meio distraído perguntou: “Aonde posso encontrar por aqui um pouco de água para beber?” confuso, o rapaz respondeu que logo ali, atrás do mato-alto havia um poço velho que ainda tinha água porém sem balde nem roldana. “Já sei, disse o rapaz, tenho aqui uma corda que posso amarrar em sua cintura e descê-lo ao fundo do poço. Assim o senhor pode beber até se saciar e ao final, é só puxar a corda que eu o puxarei para fora!”

O monge concordou e do fundo do poço, após ter matado sua sede, gritou para o rapaz: “Pode puxar!” imediatamente o rapaz começou a puxar a corda, mas, mesmo fazendo força o monge não apareceu. Era como se a corda nem tivesse se mexido. Ao olhar na penumbra do buraco percebeu que o monge estava agarrado em uma pedra no fundo do poço. Irritado, o rapaz gritou: “O monge, que brincadeira sem graça é esse? Estou fazendo uma força enorme para içá-lo e o senhor aí agarrado a esta pedra!”

“Calma, meu rapaz! Preste atenção ao que vou lhe dizer. Mesmo você sendo forte e disposto não conseguirá me tirar do fundo do poço se eu insisto em ficar agarrado a esta pedra. De forma similar, nem eu nem ninguém, por mais forte e disposto que seja conseguirá tirá-lo do fundo do poço se você insistir em se agarrar a seus pensamentos negativos e de angustia.” Após ser retirado do poço e perceber que o rapaz havia entendido o ponto, o sábio seguiu viagem deixando o rapaz refletindo sobre o que faria daqui para frente.

Da história acima podemos obter as seguintes lições:

1- Da mesma forma como a conteceu aquele rapaz, se você acredita que não vai conseguir vencer suas dificuldades – ninguém, nem mesmo Deus poderá fazer algo em sua vida. Permita-se a si mesmo aconquistar novas realidades. Solte as pedras que limitam seu potencial de vitória.

2 - Se você deseja ser grande ou conquistar qualquer coisa que você julga difícil, o primeiro passo é eliminar suas crenças limitantes. A jornada rumo ao sucesso é como uma viagem de carro, no entanto nenhum veículo pode enfrentar as sinuosidades de uma estrada, curvas perigosas, buracos e pedras, com o freio de mão puxado.

3 - Muitas pessoas acabam complicando as coisas por acharem que a vida precisa ser difícil, como diria Timothy Ferris:  "A vida não tem que ser tão difícil. Não tem mesmo. A maior parte das pessoas, inclusive eu mesmo no passado, passa muito tempo convencendo a si mesmas de que a vida tem que ser difícil..."

"Ah! Soberano Senhor, tu fizeste os céus e a terra pelo teu grande poder e por teu braço estendido. Nada é difícil demais para ti. (Jeremias 32:17).

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domingo, 24 de janeiro de 2016

LUTE POR AQUILO QUE ACREDITA

A Guerra dos Cem Anos foi um dos maiores conflitos da Idade Média, entre duas das principais potências europeias: França e Inglaterra. Apesar do nome, durou 116 anos. Começou em 1337 e terminou em 1453. Não foi um confronto ininterrupto, mas uma série de disputas que incluíram várias batalhas.

A Batalha de Sluys (1340);
A Batalha de Crécy (1346);
A Batalha de Calais (1347);
A Batalha de Poitiers (1356);
A Batalha de Cocherel (1364);
A Batalha de Azincourt (1415);
O Cerco a Orléans (1429);
A Batalha de Jargeau(1429);
A Batalha de Meung-sur-Loire (1429);
A Batalha de Patay (1429);
A Batalha de Formigny (1450);
A Batalha de Castillon (1453).

Durante o caos da guerra dos cem anos, enquanto o norte da França era dizimado pelas tropas inglesas e a monarquia francesa fugia, uma jovem de Órleans chegou dizendo ter recebido instruções divinas para levar o exército francês a vitória. Não tendo mais nada a perder, Carlos VII autorizou-a a comandar algumas tropas a partir do Cerco de Orléans. Para espanto geral, ela conseguiu uma série de triunfos sobre os ingleses. As notícias sobre a garota extraordinária se espalharam rapidamente. Sua fama crescia a cada vitória, até que ela se tornou uma heroína, assumindo o comando militar de toda a França. As tropas francesas, antes à beira do colapso total, conseguiram vitórias decisivas para a coroação do novo rei. Entretanto, ela foi traída e capturada pelos ingleses. Cientes da ameaça que ela representava, pois era um símbolo da própria França e alegava receber orientações do próprio Deus, os ingleses a levaram a um julgamento impressionante. Após um interrogatório com um final previamente combinado, ela foi julgada culpada e queimada na fogueira, aos 19 anos, em 1431. Seu nome era Joana d’ Arc.

Nos séculos que se seguiram, foram feitas centenas de tentativas de entender o que se passara na mente dessa extraordinária adolescente. Teria sido uma profetiza, santa ou louca? Os cientistas que recorreram a psiquiatria moderna e a neurociência  explicam que Joana provavelmente sofria de esquizofrenia, pois ouvia vozes. Outros contestam esse fato, pois os registros remanescentes de seu julgamento revelam que ela foi uma pessoa de pensamentos e fala racionais. Perguntaram, por exemplo, se ela estava na graça de Deus. Se respondesse sim, seria considerada herege. Se respondesse não, seria uma confissão de culpa, e portanto, uma fraude. De qualquer maneira ela estava perdida.  No entanto, sua resposta deixou todos boquiabertos, ela disse: “Se eu não estiver, que Deus me coloque lá; se eu estiver, que Deus me guarde”. O notário escreveu no registro: “Os que ficaram interrogando ficaram estupefatos.” De fato, as transcrições nos relatórios são tão impressionantes que George Bernad shaw colocou traduções literais em sua peça “Santa Joana”.


Dos fatos acima podemos tirar as seguintes lições:

1 - Joana d’ Arc era uma camponesa analfabeta que dizia ouvir vozes diretamente de Deus, e saiu da anonimato para levar um exército desmoralizado  à vitórias que mudaram os cursos das nações, fazendo dela uma das figuras mais fascinantes, envolventes e trágicas da história. Assim como os grandes profetas, ela deixou seu nome registrado na história por viver e lutar por aquilo que acreditava.

2 - Uma mesma guerra pode gerar muitas batalhas. Esse tipo de conflito assemelha-se a diversos que enfrentamos todos os dias como discussões mal resolvidas, debates intermináveis e disputas desnecessárias que só resultam em desgastes emocionais e morte dos relacionamentos. Na Bíblia, Esaú e Jacó viveram uma disputa ferrenha pelas bençãos do pai, é só após vinte anos entraram em acordo. Da mesma forma, se você quiser dar um ponto final a uma guerra, opte pela reconciliação. Não existe melhor caminho para a paz do que a aceitação, a diplomacia e o perdão.

3 – A diplomacia consegue mais do que a guerra. Mesmo um conflito longo e sangrento como foi a Guerra dos Cem Anos, bastaram apenas 2 anos de negociações feitos por habilidosos diplomatas dos dois países para que a guerra finalmente fosse encerrada.

4 – Mesmo pequenas intrigas podem dividir famílias, desfazer amizades e causar longas separações, tudo isso porque muitas vezes preferimos aceitar a condição de vitimas, disfarçar mágoas e evitar conflitos. A história mostra que bem melhor resolver logo o assunto do que ficar com ressentimentos que duram décadas. Dói na hora, como um remédio injetável, mas passa rápido, evitando-se assim uma doença que pode crescer até tornar-se incurável.

5 – Muitos cientistas acreditam que Joana D’Arc e a maioria dos profetas do passado tinham uma espécie de lesão epilética no lobo temporal, o que lhes faziam ouvir a voz de Deus. No entanto, outros  especulam a existência de um “gene de Deus”, que predispõe o cérebro à capacidade de sintonizar-se a voz de seu Criador.  Portanto, é plausível supor que nossa capacidade de responder a sentimentos de fé esteja programada em nosso genoma e que, cada um de nós, assim como o Moisés, Samuel e outros profetas, também podemos ter a capacidade de ouvir a voz de Deus, principalmente por meio da oração e pela leitura e obediência às sagradas escrituras.

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.” (João 10:27).

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sábado, 23 de janeiro de 2016

PONHA ESSE SIMBOLO EM SEU CORACAO

Segundo o historiador Eusébio de Cesaréia, em 312 a.C, o imperador Constantino estava empenhado em uma das maiores batalhas de sua vida, a qual travaria contra o imperador Maxêncio. Ao encarar o exército inimigo duas vezes maior que o seu, ele percebeu que provavelmente morreria em batalha. Mas, naquela noite ele sonhou com um anjo trazendo a imagem da cruz e dizendo as palavras proféticas: “Com este símbolo, vencerás.”

Há momentos em que um homem deve tomar uma grande decisão. Decisões podem causar efeitos tão impactantes que podem transformar não somente o destino de uma nação, mas do mundo. E foi assim que aconteceu naquela noite de outubro, quando Constantino – filho de Constâncio e Helena – fora chamado a decidir qual seria o destino do Império de Roma. Não se sabe o que se passava eu sua mente, se ele estava seguro de suas decisões ou estava em dúvidas e hesitações. Sabe-se apenas que na manhã seguinte, ele não só fez imprimir a cruz de Cristo nos estandartes de suas legiões, mas mandou remover o Labarum, a águia imperial de Júpiter dos escudos romanos, e colocou a cruz seu lugar.

E foi dessa maneira que Constantino conseguiu impressionantemente derrotar o exército rival as margens do rio Tibre. No dia 28 de outubro de 313 a cruz saiu vitoriosa sobre a poeira do grande campo de batalha de Saxa Rubra. Esse fato levou Constantino a converter-se ao cristianismo. Um ano depois, a 13 de junho de 313, ele promulgou o Edito de Milão com o qual todas as leis contra os cristãos ficavam abolidas e o Cristianismo se tornava a religião oficial do Império Romano. Por meio disso, ele pôs fim à era das perseguições e abria uma nova época de liberdade de culto para os cristãos, antes perseguidos e servidos como alimento para os leões.

Os fatos acima nos trás as seguintes lições:

1 – Tudo o que decidimos hoje tem impacto estrondoso em nosso futuro. É o chamado “Efeito Borboleta”, cuja analogia diz que até mesmo o bater de asas de uma borboleta pode contribuir para a formação de uma grande tempestade. Da igual modo, se hoje você decidiu abrir uma empresa, fazer determinado curso na faculdade, casar com determinada pessoa, ou até mesmo comer determinado alimento num fim de semana, isso, de alguma forma, terá um grande impacto sobre seu futuro.

2 – A cruz, antes símbolo de morte, após o sacrifício de Jesus, é hoje vista como símbolo de vida. Isso não significa que ela deva ser usada como amuleto, ou erroneamente utilizada como nos tempos das cruzadas, moldadas nos escudos de guerreiros que “matavam em nome de Deus”. A cruz de Cristo deve remontar nossos pensamentos ao calvário, onde Jesus deu sua vida por amor, para salvar e libertar o homem que estava perdido. Como diria John Ston: “Se você quer uma definição do que é amor, não vá ao dicionário, vá ao calvário”.

"Nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos; mas para os eleitos – quer judeus quer gregos – força de Deus, e sabedoria de Deus. Pois a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens." (1 Cor 1: 23-25)

Harpa de 1000 Cordas

domingo, 17 de janeiro de 2016

SEJA INTELIGENTE E PERSISTENTE

Ele teve uma infância difícil, mas divertida. Seus pais trabalhavam na lavoura quando adolescentes e chegaram a passar enormes dificuldades financeiras. Eles tiveram seis filhos que dormiam dentro do mesmo quarto, numa pequeníssima casa. Sua mãe sofria de fobia social e por isso nunca saía de casa sozinha. Para conter a guerra que seus filhos realizavam, ela fazia as malas e ameaçava ir embora. Porém, tomava o caminho do quintal. As crianças comovidas, pediam para que ela voltasse e se aquietavam naquele dia. O menino, por sua vez, cresceu hipersensível e vivia distraído, desconcentrado e detestava a rotina dos estudos. Seu comportamento era marcadamente irresponsável. Gostava de festas e poucos compromissos. Durante os dois primeiros anos do ensino médio ele não usou nenhum caderno. Raramente copiava a matéria dada em aula, a não ser quando, num caso extremo, pedia uma folha emprestada. Seu pai tinha um problema cardíaco e desde cedo o estimulou a ser médico. Com base nesse sonho, o filho desejou ser não apenas médico, mas cientista. Mas aquilo era um sonho muito grande para quem considerava a escola o último lugar em que gostaria de estar. Ele se sentia um estranho num ninho. Não se adaptava ao sistema escolar. Na adolescência, usava roupas bizarra e vivia com os cabelos revoltos. Quando dizia que queria ser médico, todos riam da cara dele.  Nem seus amigos mais íntimos acreditavam nele. Dizer que queria ser um cientista era uma loucura para quem não prestava atenção nas aulas. Somente seus pais nunca deixaram de acreditar no potencial do filho. Mas próximo da idade adulta, o jovem decidiu parar de brincar com a vida e não ficar mais à sombra do pai. Queria construir a própria história. Deixou as festas, as orgias, o convívio com amigos e resolveu ir atrás de seus sonhos. No entanto, cerca de 70% daquilo que as pessoas planejam falha na fase de execução não por falta de inteligência ou visão, mas por falta de disciplina. Assim, o jovem sabia que precisava de disciplina e teve que pagar um alto preço em busca de seus sonhos, sacrificando horas de lazer para estudar 12 horas por dia para entrar na faculdade de medicina. Sentia vertigem e sono, mas perseverava. Quando ninguém esperava nada dele, ele passou no vestibular e entrou na faculdade de medicina.
Na faculdade, era questionador e pensava diferente dos professores. Não engolia as informações sem antes questioná-las. Assim, ele escrevia no caderno as matérias numa forma diferente do que era ensinada. Apesar de ser uma pessoa sociável, seguro, destemido e apaixonado pela vida, seus conflitos internos o levaram a depressão. Durante as férias do segundo para o terceiro ano da faculdade ele deprimiu-se. Chorava sem lágrimas. Andava angustiado, tinha insônia e desmotivação. Não sabia que aquilo era uma depressão, pois não havia tido aulas de psiquiatria sobre o assunto. Contudo, ninguém percebeu sua crise, pois soube escondê-la de seus colegas e íntimos. Apesar da proximidade dos amigos, ele sentia-se na mais profunda solidão. No entanto, quando estava prestes a perder as esperanças, ele decidiu voltar para dentro de si mesmo. Começou a questionar qual o sentido da vida e qual sua postura diante do próprio sofrimento. Então resolveu deixar de ser vítima de sua miséria emocional e ser líder de si mesmo. Procurou perscrutar seu caos e entender os fundamentos de sua crise. Criticava sua dor e questionava seus pensamentos negativos. Naquele momento ele aprendeu uma grande lição de inteligência:
“Quando o mundo nos abandona, a solidão é superável, mas, quando nós mesmos nos abandonamos, a solidão é quase insuportável.”
Ele passou a desenvolver técnicas que aprendia consigo mesmo. Registrava todas as suas descobertas. Antes ele detestava escrever, mas agora escrevia com prazer. Em qualquer lugar fazia anotações. Seus bolsos viviam cheios de papeis. Quando seus professores terminavam de dar uma aula junto ao leito de pacientes com câncer, cirrose, enfisema pulmonar, seus colegas saíam, mas ele ficava. Queria conhecer a história, os medos, os recuos, os pensamentos e os sonhos de seus pacientes. Amava entrar no mundo deles e anotava suas percepções. Foram muitas suas descobertas, de forma que, no último ano de medicina ele escrevia quatro horas por dia.
Após terminar a faculdade, ele procurou uma grande universidade para continuar suas pesquisas. Procurou um cientista, um doutor em psicologia, para expor suas observações. Falou rapidamente sobre sua intenção de pesquisar sobre a construção de ideias, a formação da consciência e a natureza da energia psíquica. O resultado? Foi humilhado. O professor perguntou-lhe ironicamente se ele queria ganhar o prêmio Nobel e fechou-lhe a porta. O jovem, pela primeira vez, sentiu a dor da rejeição, mas decidiu continuar. Procurou outra universidade, mas desta vez foi mais preparado. Levou uma apostila que continha centenas de páginas sobre suas ideias. Enfrentou uma banca examinadora compostas de ilustres professores. Uma examinadora pegou seu material e perguntou quem o havia orientado. Ele disse que o assunto era inédito, não havia orientador. O resultado foi que ele foi mais humilhado ainda! Ela lhe disse que não havia espaço para ele naquela universidade. Novamente a dor da rejeição tocou a alma daquele jovem. Depois da amarga experiência, ele fez várias tentativas para publicar seus estudos. Procurou por editoras. Esperou por meses uma resposta, mas nenhuma teve sequer o trabalho de envia-lhe uma resposta.
Depois de tantas derrotas, teria que abandonar suas pesquisas para exercer psicologia clínica afim de sobreviver. Através das técnicas que aplicava, muitos pacientes obtinham uma grande melhora na sua qualidade de vida. Assim, ele teve uma ascensão profissional meteórica. Começou a dar palestras e entrevistas na mídia sobre conflitos psíquicos.  Em menos de dois anos estava nos principais canais de TV. Porém, havia algo de errado dentro dele. Era infeliz, pois havia enterrado seu maior sonho: ser um cientista. No auge do status social, decidiu abandonar tudo em busca de seu sonho. Ninguém o apoiou, somente sua esposa. Saiu da capital e foi morar no interior. Desejava está em um lugar tranquilo onde pudesse pesquisar e escrever.  Contribuiu uma clinica dentro de uma mata. Começou tudo de novo. Apesar da difícil localização, clientes apareceram e em pouco mais de um ano, sua agenda estava cheia novamente. Com o passar dos anos, sua produção científica intensificou-se, obrigando-o a reduzir seus atendimentos. Passou a escrever mais de vinte horas por semana, depois trinta. Chegou a escrever de 9 da manhã até uma da madrugada, sem nenhuma interrupção. Passou-se o tempo e ele teve três filhas. Uma delas, com 11 anos, chegou a perguntar quando ele terminaria o livro que ele começara a escrever antes dela nascer. Ele passou a mão no rosto e não conseguiu lhe dar uma resposta. Sua esposa se adiantou e disse: “Minha filha, seu pai nunca vai terminar esse livro. Pois no dia em que terminar, ele vai morrer...”Mas passaram-se mais de 17 anos, ele terminou os pressupostos básicos de sua teoria (e não morreu). Ele escreveu mais de três mil páginas. No entanto, nenhuma editora publicaria um livro com todo esse volume de informação. Então num esforço dantesco, ele resumiu sua obra em 400 páginas e enviou para algumas editoras. Depois de quatro meses, recebeu uma carta com uma resposta negativa. Passado mais algum tempo, recebeu outra carta dizendo que aquele material não preenchia a sua linha editorial. Mas ele não desistiu, tirou cópias de seu material, foi a pequena agência dos correios de sua cidade e enviou para outras editoras. Foram longos meses de espera. Depois de aguardar ansiosamente por uma resposta, de repente outra carta e mais uma resposta negativa.  Passado algum tempo, chegou uma quarta carta. Desta vez, sua esposa veio entrega-la.  Quando abriram a carta juntos, e leram a resposta. Outra decepção, negativa novamente. Já sem muita expectativa, ele foi à agência do correio e postou mais uma vez. Passados alguns meses, veio a surpresa. Finalmente, uma resposta positiva. Uma grande editora decidiu apostar no projeto e publicar sua obra. Ele publicou o livro com o título “Inteligência Multifocal”, o nome de sua teoria. Entretanto, após publicar o livro, quase ninguém entendeu seus textos, de tão complexos que eram. Mesmo sendo apreciados por muitos profissionais das área de educação, psicologia e até alguns acadêmicos, poucos exemplares foram vendidos. Então ele decidiu escrever outra obra, mais simples, onde analisaria a personalidade de um grande pensador da história, sob a ótica da teoria da Inteligência Multifocal. Ele escreveu sobre aquele que dividira a história ao meio: Jesus Cristo. Desejava conhecer como esse personagem protegia sua emoção, como gerenciava seus pensamentos e como ele estimulava a arte de pensar. Depois de analisar criteriosamente os relatos bíblicos, algo incrível aconteceu. Ele que era um exímio ateu, decidiu torna-se um cristão sem fronteiras, pois percebeu que a psicologia podia provar que Cristo foi um personagem real. Os princípios que regem a personalidade do Mestre dos mestres estão além do imaginário humano. Assim, ele publicou o livro “Análise da Inteligência de Cristo”. O livro foi um sucesso estrondoso, não devido a sua grandeza como escritor, mas à grandeza do personagem que descrevia. A partir disso, outros livros surgiram e o sonho de se tornar um cientista da psique humano fora realizado. O nome desse grande autor é Augusto Cury, com mais 12 milhões de vendidos no Brasil e também publicados em mais de 40 países.
Da história acima podemos tirar as seguintes lições:
1) O sucesso tem pouca relação com a inteligência e está muito mais associado a capacidade do indivíduo adiar suas recompensas. Segundo pesquisas realizadas pelo Dr. Richard Davidson, neurocientista da Universidade de Winsconsin-Madison, “as notas na escola, a pontuação no vestibular, representam menos para o sucesso na vida do que a capacidade de cooperar, de regular as emoções, de adiar a satisfação e de se concentrar.” O exemplo acima mostra que, mesmo com tanto brilhantismo, Augusto Cury teve que persistir mais de 20 anos para realizar seus sonhos.
2) A metodologia para publicar livros adotada por augusto Cury – ou seja, a de enviar os originais pelo correio para uma editora –, não é mais a única maneira de se publicar uma obra. Hoje em dia, o autor pode submeter seus originais pela internet. Ao digitar “envio de originais” no Google, serão mostradas inúmeras opções de editoras que aceitam receber o arquivo eletrônico da obra por e-mail para análise. Outra forma de publicar a obra é fazê-lo por meio de uma prestadora de serviço, como uma gráfica, no entanto é preciso investir financeiramente na obra. A outra de se publicar, mas sem gastar nada, é armazenar o original (em pdf) em sites especializados em publicar livros por encomenda, como por exemplo, o site do Clube de Autores e o Amazon.com. Onde quem paga pela publicação é o cliente interessado na obra.
3) Por mais inteligente que seja uma pessoa ela precisa persistir obsessivamente para alcançar seus objetivos. Se ela permitir que sabedoria divina atue em sua vida, assim como fez Augusto Cury ao escrever sobre a inteligência de Jesus, os resultados de seu sucesso serão ainda mais consistentes.
"Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos; e os meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos.” (Isaías 55:9)
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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

DESPERTE SUA AGUIA INTERIOR

Se você ficou sem seu emprego talvez seja hora de despertar sua águia interior e experimentar algo novo.

Um rei foi presenteado com dois filhotes de águias. Imediatamente, ele contratou um treinador de animais para ensina-las a voar. Depois de vários meses, o instrutor disse ao rei que uma das águias foi bem educada, mas não sabia o que estava acontecendo com o outra que, desde que havia chegado ao palácio,  não saía do galho. Ainda tinha que levar a comida diariamente a ela. O rei chamou diversos curandeiros, especialistas em aves, mas nenhum pode fazer o pássaro voar. Desesperado, ele emitiu um decreto proclamando uma recompensa para quem fizesse o animal voar. Na manhã seguinte, o rei viu o passaro voando em seu jardim.
– Traga o autor deste milagre! Ordenou o rei.
Apareceu diante dele um simples camponês. O rei perguntou:
– Como você conseguiu fazer aquela águia voar? Você é um mago? Um curandeiro? Algum tipo de mestre em aves? 
– Nada disso meu rei – disse sorrindo o homem. – Eu só cortei o galho que ela estava. Assim, ela ficou sem nenhuma outra alternativa senão levantar voo.

Ano 2015. Nunca antes na história do Brasil tantos bons profissionais foram demitidos. Ao que parece, as empresas adotaram como único critério para enxugar seu quadro de pessoal o montante dos salários, encargos sociais e benefícios, sem considerar o valor que estes profissionais agregam a organização. Desde o início do ano, 1,2 milhões de pessoas extremamente capacitadas, dedicadas e apaixonadas pelo que faziam foram desligadas de seus empregos. Mas o que mais impressiona nesse fato é que tudo aquilo que foi difundido ao longo dos últimos anos nos meios acadêmicos e empresariais, principalmente pelos “gurus” da administração, por revistas e websites especializados em RH, coachs e celebridades do mundo empresarial, parece não fazer mais sentido. Como entender que pessoas brilhantes, delicadas, ótimos profissionais, diretores, gerentes, coordenadores, analistas, assistentes, supervisores, líderes, motoristas, conferentes, separadores, etc. foram (e estão sendo) demitidos!

A fábula das duas águias nos ensina uma lição muito importante: se uma águia fica sem seu galho, ela sempre encontra um jeito de voar. A crise tem feito muitas pessoas se reinventarem, fazendo a roda da economia girar de uma forma totalmente criativa, gerando emprego e alcançando um sucesso igual ou superior aquele que tinham enquanto empregados.

Numa transfusão, quem doa ou perde até 30% de seu sangue, pode recuperar-se e voltar ao mesmo estado de saúde em que era anteriormente, de igual forma, as empresas que perderam seus melhores funcionários também podem se recuperar, pois os que permanecem se desenvolvem e aprendem com os novos desafios. O mercado por sua vez, que recebe mais gente qualificada, também acaba se recuperando com a injeção de gente talentosa na economia. É por isso que nenhum país deixou de existir por causa de uma crise. Pelo contrário, eles se revolucionam (como a França), eles se desenvolvem (como o Japão) ou se reinventaram (como os Estados Unidos em suas inúmeras crises). 

Aqueles que decidem empreender deverão ter resiliência, persistência e todas aquelas outras palavras que se encontram nos livros do Augusto Cury, mas além disso também deverão obter experiência, que só pode ser obtido por meio do fracasso. Segundo o SEBRAE, as maioria das empresas que chegaram ao sucesso, passaram em média 3,8 vezes pela falência e insistiram por, pelo menos,  5 anos. Como diria Nelson Mandela: “Impossível é tudo aquilo que não se tenta”. Ou como afirmou Michael Jordan: “Você erra 100% das bolas que não arremessa.”

Portanto, caso você tenha tido "seu galho cortado",  não se feche para novas experiências e nem se limite a um único meio de conseguir seu sustento. A capacidade humana em criar meios de gerar recursos é praticamente infinita. E o mais interessante é que cada pessoa possui uma gama exclusiva de dons e talentos, que uma vez aperfeiçoados, são os diferenciais que podem gerar renda. Diz-se que a cada 20 ideias que temos, uma vale 1 milhão de dólares. A Disneylândia e a Microsoft foram ideias  que surgiram em meio a crises e que hoje valem muito mais que isso. Assim, se você não consegue mais encontrar um novo emprego quem sabe seja a hora de você criar um para você mesmo e para os outros. Se você esperou e o barco não veio, construa a sua própria canoa. Ao invés de se preocupar em sair do buraco, esforce-se para chegar ao topo da montanha.

Wallace D. Wattles diz em seu livro A Ciência para Ficar Rico: "os pobres não precisam de dinheiro, os pobres necessitam de inspiração". Então inspire-se. Você não precisa competir com ninguém para sair da crise, você precisa criar. As crises existem para que a humanidade se torne mais criativa. Em chinês ela é formada por dia palavras, a primeira é "perigo" e a segunda é "oportunidade".

Segue algumas oportunidades que estão em alta:

1) Segundo Robert Kiosaky, o marketing de rede é o negócio do século. Mary Kay, Up!, Hinodi, Vimi Naturales, Forever, etc. são exemplos de empresas que trabalham com marketing de rede, ou seja, as pessoas ganham por divulgar seus produtos.

2) O mercado de produtos digitais tem feito muitas pessoas prósperas trabalhando pela internet.

3) Segundo Justin Herald, os diferenciais que fazem um negócio próprio prosperar são preços, serviços, credibilidade e referências de um grande cliente.

4) Boas ideias sempre encontram bons investidores. Henry Ford, Wall Disney, Coronel Sanders e Soichiro Honda, semelhante a muitos grandes empresários, não tinham dinheiro para montar seus negócios, mas tinham uma grande ideia na cabeça, o que fez que as pessoas apostassem nelas.

5) Outra ideia é fazer parcerias. Napoleon Hill e Dale Carnedgie fizeram parcerias com instituições em suas épocas. Isso deslanchou suas carreiras como escritores e palestrantes.

6) Até mesmo trabalhos voluntários geram resultados a longo prazo. Empresas e até universidade americanas têm dado oportunidades para aqueles que possuam alguma atividade voluntária registrada no currículo. A estratégia é válida para qualquer serviço que dado gratuitamente. Dê uma amostra de seu talento ao mundo, a vida recompensa 3x mais.

Hoje, 99% das empresas presentes no país são constituídas pelos pequenos negócios, ou seja 8,9 milhões de micro e pequenas empresas, que são responsáveis por 27% do PIB, geram 52% dos empregos com carteira assinada e pagam 40% dos salários da população. Portanto, oportunidades não faltam, faltam águias capazes de saírem de seus galhos em busca de novos horizontes.

"Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias... " (Isaías 40:31)

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domingo, 29 de novembro de 2015

PENSE COMO UM MESTRE

Seu nascimento foi um milagre, pois ele fora concebido no ventre de uma virgem, sem qualquer conjunção carnal. Seu pai era carpinteiro e sua mãe era doméstica. Nas ruas de Nazaré onde brincava, ele teve uma infância simples, mas feliz, cercada com muito amor de sua família. Seu pai sabia da importância das atividades na infância, o que de uma forma geral torna as crianças mais inteligentes e sábias, e lhe mostrou o valor do trabalho, ensinando-lhe uma profissão. Sua mãe o instruiu nos valores das sagradas escrituras, o que o tornou num hábil conhecedor dos preceitos divinos. Assim, aos 12 anos, ele conseguia manter uma discussão em alto nível com os grandes mestres da lei de sua época. Apesar de não ter feito uma faculdade, sua dedicação aos estudos era impressionante. Ele cresceu em sabedoria, estatura e graça e, aos 30 anos, iniciou seu ministério. Passou 40 dias de fome e sede no deserto. Em meio ao doloroso teste, não cedeu a tentação do inimigo de abdicar de sua missão, e prosseguiu dedicando sua vida integralmente à Deus. Mais tarde, no encontro com seu primo João Batista, ele foi batizado por imersão nas águas e consagrado à nobre missão de tornar-se o “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Para cumprir com esse propósito, ele formou uma equipe composta por 12 homens de diversas profissões. Homens falhos, incultos e imaturos, mas que estavam dispostos a lutar. Especialistas em RH aconselham que, no momento do recrutamento devem-se contratar as pessoas "prontas" para a vaga a ser preenchida. O orador e consultor Jim Rohn escreveu: “não mande seus patos para uma escola de águias. Quer saber o motivo? Porque não vai dar certo. Pessoas competentes são descobertas, e não transformadas. Elas podem tomar a iniciativa de mudar, mas você não conseguirá mudá-las. Se você deseja se cercar de gente competente, é preciso descobrir primeiro.” Ele poderia escolher os grandes mestres e doutores de sua época para fazê-los discípulos, mas foi ousado o suficiente para que, em três anos e meio, transformasse aqueles homens em verdadeiros líderes. Durante esse tempo, ele os ensinou a orar, a pregar, a serem humildes, a não buscar seus próprios interesses, a levar esperança aos corações carentes, a terem entusiasmo, a amar o próximo como a eles mesmos e a trazer cura espiritual a outras pessoas. Ele foi mais que um líder, foi um mestre, e mostrou que era sim possível “transformar patos em águias”. Sua história comprovou que a verdadeira grandeza do homem reside na sua capacidade de levar outras pessoas ao sucesso. Ele trabalhou arduamente pela humanidade junto com eles e, ao final, foi traído por um deles. Ele foi acusado de criminoso por dizer que era filho de Deus. Como um cordeiro levado ao matadouro, foi sacrificado numa cruz, cujo propósito divino era a salvação da humanidade. Ele ressuscitou e ascendeu ao céu. Mesmo ausente, seus discípulos continuaram trabalhando e formaram mais seguidores, até fundarem a maior religião do mundo, com mais de 2,6 bilhões de adeptos: o cristianismo. O nome deste grande mestre é Jesus, cujo nome quer dizer “Salvador”. Por seu exemplo de liderança, Ele também é considerado o maior CEO de todos os tempos! CEO na linguagem corporativa significa Chief Executive Officer, ou Diretor Executivo.

A medida que uma pessoa ascende profissionalmente numa organizacão, ela abandona, aos poucos, a velha mentalidade técnica-operacional e passa a ter uma visão mais administrativa, até finalmente obter uma mentalidade filosófica e cognitiva, ou seja, começa a pensar e agir estrategicamente como um mestre. Quando lemos citações ditas ou escritas pelos grandes CEO’s da história como Thomas Edison, Jack Welk ou Steve Jobs, percebemos neles um alto nível de sabedoria filosófica. A mesma coisa acontece quando alguém conquista o mais alto grau de formação acadêmica, o PhD (Philosophiæ Doctor), tornando-se, afinal, num Doutor em Filosofia. Dessa forma, quem chega ao topo passa a pensar como um filósofo e agir como um mestre. Mas, desde os tempos antigos, um mestre, para permanecer em desenvolvimento, precisava fazer algo mais: compartilhar seus conhecimentos com outros, ou seja, fazer discípulos. Jesus, o Mestre dos Mestres, fez isso e muito mais. Segundo o escritor Ravi Zacharias, que cresceu na cultura hindu e estudou religiões do mundo inteiro, há uma diferença fundamental entre Jesus Cristo e os outros grandes nomes da história. Ele diz: “Em todos os ensinamentos dos mestres, existe uma instrução, um modo de viver. Nao é Zaratustra quem você consulta, é Zaratustra quem você escuta. Nao é Buda que o liberta, são as Nobres Verdades que o instruem. Nao é Maomé que o transforma, é a beleza do Corão que o lisonjeia. No entanto, Jesus não somente ensinou ou expôs Sua mensagem. Ele era a Sua própria mensagem.”.  

Jesus jamais afirmou ser um líder religioso e nunca se envolveu com políticas religiosas ou promoveu agressivamente suas causas, além de atuar quase sempre fora de locais religiosos. Sua eficácia como um grande líder e mestre está nos resultados que produziu ao longo da história e pode também ser mensurado na vida de seus discípulos.

1 - Simão Pedro nasceu em Betsaida, mas residia em Cafarnaum, na Galiléia. Ele tinha pouco estudo, era impulsivo, tímido, explosivo e entendia com dificuldade os ensinamentos de Cristo. Chegou a negar Jesus três vezes. O grande Mestre transformou-o em um líder admirável. Pedro tornou-se num influente pregador e foi o primeiro a levar o evangelho à poderosa Roma. Ali foi perseguido e condenado a morte. Por sentir-se indigno de morrer como seu Mestre, pediu ao seu carrasco para que o crucificasse de cabeça para baixo. Muitos religiosos o consideram como o primeiro papa.

2 –André também era de Betsaida. Era sócio de seu irmão Pedro na indústria da pesca. Foi um homem que prezava pela sua habilidade relacional e popularidade. Foi quem apresentou Pedro à Jesus. O grande Mestre tornou-o num grande líder, fazendo uso de seu talento comunicativo. Ele foi um dos primeiros missionários a levar as boas-novas à temida Grécia. Morreu martirizado em Acássia, onde pregou. Foi crucificado em uma cruz em forma de “X’’.

3 – Tiago, filho de Zebedeu, era de Betsaida, onde trabalhava com pesca. Tinha uma personalidade forte e ambiciosa. O grande Mestre transformou-o em um grande líder na Judéia. Alguns relatos históricos relatam sua passagem também pela Espanha. Ele foi perseguido e condenado a morte. Conta-se que seu carrasco ficou tão comovido com sua profissão de fé que revelou a todos que era cristão. Diante disso, o carrasco também foi condenado. Ambos foram decapitados no ano 36 d.C., morrendo pela espada de Herodes Agripa I. Alguns afirmam que seu corpo teria sido transportado para Santiago de Compostela, na Espanha, um lugar que posteriormente tornou-se palco de grandes peregrinações. É o famoso “Caminho de Santiago”.

4 – João também era de Betsaida e trabalhava com seu irmão Pedro na pesca. Ele era indisciplinado e intolerante. Ele e seu irmão Tiago eram chamados filhos do trovão. Depois do encontro com o Mestre ele tornou-se num grande líder e trabalhou em Jerusalém, Éfeso, Ásia Menor e, possivelmente, na Turquia. Escreveu o evangelho e as epístolas que levam seu nome, e também o Apocalipse. Ele também foi perseguido e condenado, mas, de acordo com a tradição, depois de ter sido lançado em um caldeirão cheio de azeite fervente, foi milagrosamente salvo e saiu ileso. Morreu de morte natural, provavelmente com 100 anos de idade na cidade de Éfeso.

5 – Felipe, nascido em Betsaida, provavelmente exercia a profissão de pescador. Era tímido e distraído. Depois de seu encontro com o grande Mestre, teve um brilhante ministério na Ásia Menor, tornando-se um grande líder na Grécia e também na Frigia. Foi sepultado em Hierápolis, depois de morrer crucificado ou apedrejado.

6 – Bartolomeu era de Caná da Galiléia, sua profissão é desconhecida. Ele era irônico e debochado. Mas depois de seu encontro com o Mestre ele tornou-se num verdadeiro líder, levando o evangelho a Índia e na Armênia. De acordo com historiadores, ele foi esfolado vivo pelos Bárbaros e recebeu o golpe de misericórdia através da decapitação.

7 – Tomé, originário da Galiléia, onde era pescador por profissão. Era uma pessoa determinada, mas era incrédulo e descrente na possibilidade da ressurreição de Cristo. Jesus o tornou num grande líder, que levou corajosamente o evangelho a Síria, Pérsia e Índia. Sobre sua morte há duas versões, uma diz que foi traspassado por uma flecha enquanto orava, e a outra, é de que foi torturado próximo a Madras.

8 – Mateus era de Cafarnaum, onde trabalhava como cobrador de impostos. Devido a sua profissão, ele era visto de forma desconfiada por parte dos discípulos. Depois do encontro com o Mestre, ele tornou-se num grande líder e trabalhou em prol do evangelho na Judéia, no Egito, na Etiópia e na Pártia. Além disso, escreveu o evangelho que leva o seu nome. Segundo alguns livros, Mateus foi decapitado. Outras fontes afirmam que Mateus foi apedrejado e queimado na Etiópia.

9 - Tiago, filho de Alfeu, era originário da Galiléia, sua profissão é desconhecida. Era o mais jovens dos apóstolos. Provavelmente por ser irmão de Jesus, era vaidoso e autoconfiante. Jesus, contudo, o tornou num grande líder na Palestina e no Egito. Escreveu a epístola que leva o seu nome. Há duas versões sobre sua morte, uma é que os judeus o expulsaram do templo e o apedrejaram, morrendo por fim através de um golpe de paulada. A segunda hipótese é de que ele foi crucificado no Egito.

10 - Judas Tadeu nasceu na Galiléia. Sua profissão também é desconhecida. Era bastante temeroso e um pouco incrédulo. Depois de seu encontro com o Mestre ele escreveu a epístola que leva o seu nome. Tornou-se num grande líder que levou as boas-novas à Síria, Arábia, Armênia e Mesopotâmia. Ele morreu por volta do ano 70 d.C. , na Pérsia, martirizado com golpes de porretes, lanças e machados.

11 - Simão, o Zelote, era originário da Galiléia. Sua profissão também é desconhecida. Era uma pessoa que vivia o extremismo judeu e era demasiadamente zeloso. Depois de aprender com seu Mestre, tornou-se num grande líder e pregou o evangelho na África do Norte, Espanha e Bretânia, chegando a Ásia Menor. A partir daí, provavelmente viajou com Judas Tadeu para Mesopotâmia e Síria. Seu martírio por crucifixão teria sido já em idade avançada durante o império Trajano.

12 – Judas Iscariotes nasceu na Judéia, provavelmente em Queriote-Hesrom. Era provável que tivesse uma formação administrativa, que fez com que exercesse o cargo de tesoureiro do grupo. Era egoísta, ambicioso e possuía um espírito egocêntrico. Mesmo depois de passar anos na companhia de Cristo, ele não permitiu a si mesmo ser transformado pelo Mestre. O resultado disso foi seu trágico suicídio após ter traído Jesus.

Jhon Wesley orava: “Senhor daí-me almas para salvar”. Wesley levou o evangelho a mais ou menos um milhão de pessoas e assim registrou seu nome na história. Essa é a essência da grandeza, ser como Jesus, levando esperança ao mundo. Esse grande Mestre prometeu um dia voltar e recompensar com a vida eterna aqueles que o aceiarem como Salvador e trabalharem na salvação de outras pessoas.

“E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim”. (Mateus 24:14)

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